Ordem dos Médicos discorda de abordagem de Tribunal de Contas sobre medicina familiar
O presidente do Colégio de Medicina Geral e Familiar da Ordem dos Médicos entende que a perspetiva do Tribunal de Contas «é puramente economicista e miserabilista».
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O Colégio de Medicina Geral e Familiar da Ordem dos Médicos discorda das conclusões e recomendações do Tribunal de Contas, que defende a revisão do despacho de limpeza de listas de médicos de família.
Ouvido pela TSF, o presidente deste conselho entende mesmo que o organismo liderado por Guilherme d'Oliveira Martins não tem competência para emitir opinião sobre esta questão, até porque a sua visão «é puramente economicista e miserabilista».
«Que eu saiba não são médicos e portanto não fazem a mínima ideia exercer medicina familiar no terreno. Se o utente não está em contacto com o médico de família é porque não está interessado em ser atendido», explicou José Silva Henriques.
Por esta razão, este responsável da Ordem dos Médicos defende que nestes casos, onde o utente não pretende ser «tratado e seguido» pelo médico de família, «deve sair fora da lista do respetivo médico».