
DN/Arquivo
A Ordem dos Médicos defende que há ilegalidades e pediu um parecer à Procuradoria-Geral da República. Em causa está o regulamento adotado há dois meses pelo IPO do Porto e que permite revistas a profissionais e a utentes.
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A Ordem dos Médicos enviou um parecer à Procuradoria-Geral da República e à Provedoria de Justiça denunciando algumas inconformidades do regulamento adotado no IPO do porto no final do ano passado.
Em causa está a norma que permite a revista de sacos, malas e carros de utentes e de funcionários com vista a aumentar o controlo de roubos que possam acontecer dentro das instalações. Na altura a administração do instituto explicava que estas medidas visavam proteger os utentes e os profissionais de situações de furto lembrando que se trata de um procedimento já adotado em várias instituições públicas, como é o caso dos tribunais.
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A Ordem dos Médicos lembra ainda que sempre foi critica deste regulamento por desconhecer os seus fundamentos e por considerar que o mesmo colide com a privacidade individual
Desde que foi implementado, a ordem não recebeu qualquer queixa relativamente a estas revistas.
Contactada pela TSF, Guadalupe Simões, presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros, que também criticou a implementação das medidas de vigilância no IPO, reconhece que ate agora não recebeu qualquer queixa relativamente a elas.
O IPO do Porto recusou fazer qualquer balanço relativamente a implementação da medida assim como prestar qualquer esclarecimento sobre a mesma.
O instituto acrescenta que pediu à PGR para ter acesso ao parecer enviado pela Ordem dos Médicos.