O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, entende que as mais de 60 demissões neste centro hospitalar foram uma atitude «inédita demonstra uma grande coragem e frontalidade».
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O bastonário da Ordem dos Médicos considerou que já existiam sinais de que as mais de 60 demissões no Centro Hospitalar de S. João, no Porto, poderia acontecer.
«Todos os hospitais estão a ser confrontados com dificuldades inultrapassáveis», acrescentou José Manuel Silva, que classificou esta posição de «aceitável e elogiável».
Ouvido pela TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos entende ainda que esta atitude «inédita demonstra uma grande coragem e frontalidade nas pessoas que apresentaram a sua demissão e com isso dão um grito de alerta em favor dos doentes».
Perante esta situação, José Manuel Silva disse ainda que «a partir de hoje, não são possíveis mais campanhas mediáticas em defesa da política da saúde em Portugal».
Para o bastonário, esta política «está a ter consequências que ultrapassaram há muito a linha vermelha», tendo a Saúde sido o setor mais afetado com a austeridade em Portugal.
«Tem de haver uma inversão na política de desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, até porque temos o melhor Serviço Nacional de Saúde do mundo», sublinhou.