Entre as exigências à tutela, a realização de testes aos profissionais de saúde com intervalos não superiores a 15 dias
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A Ordem dos Enfermeiros apresentou esta quinta-feira uma lista de exigências para a fase de desconfinamento da pandemia de covid-19, que se iniciou após o fim do estado de emergência, insistindo no reforço da proteção dos profissionais de saúde.
Entre as várias medidas apresentadas pela OE, destacam-se, no setor da saúde, a necessidade de testar, de forma periódica, e em intervalos não superiores a 15 dias, a totalidade dos profissionais de saúde, o reforço da Linha de Saúde 24, a intensificação da campanha de vacinação e a campanha de higienização das mãos, a manutenção de circuitos distintos para covid-19 nas unidades hospitalares e a disponibilização de equipamento de proteção individual adequado aos cuidados prestados e assegurar.
Procurando conciliar o regresso às atividades profissionais e sociais com a capacidade de resposta aos doentes infetados, a Ordem dos Enfermeiros (OE) frisa que "este plano assenta no princípio do reforço da testagem aos profissionais de Saúde, proteção individual em todos os setores da sociedade e segurança na prestação de cuidados de Saúde, protegendo profissionais e utentes".
O documento abrange medidas para cuidados de saúde primários, estruturas residenciais para idosos, cuidados continuados, assim como medidas diferenciadas par o continente e regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
A OE defende que é preciso, em primeiro lugar, assegurar o uso de máscaras cirúrgicas, comunitárias ou de uso social em todos os contextos e dimensões da vida social.
Relativamente à retoma da atividade cirúrgica, a OE propõe a criação de dois tipos de sala em blocos operatórios, e, nos serviços, a criação de três enfermarias.
Já em relação a recursos humanos, a Ordem defende que "é necessário um levantamento sério e transparente das necessidades", lembrando que a fase de transição implicará um "acréscimo de trabalho com a recuperação de toda a atividade assistencial suspensa e a manutenção dos cuidados prestados", pedindo que sejam retomados "os procedimentos concursais que se encontram suspensos, com vista à finalização da contratação de enfermeiros, bem como a integração definitiva dos enfermeiros contratados".
Em vésperas do regresso às escolas de milhares de alunos do 11.º e 12.º anos, a OE aconselha a presença de um enfermeiro de Saúde Escolar por cada 100 pessoas da comunidade escolar, a quem competirá "a sinalização, o acompanhamento e o reporte das situações identificadas, fundamental para evitar uma nova vaga de contágio".
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