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Segundo o jornal Público, a Ordem dos Médicos vai entregar um folheto aos doentes neste sentido por entender que o argumento da liberdade de escolha defendido pelo Governo é demagógico.
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A Ordem dos Médicos vai entregar um folheto aos doentes para que estes não aceitem trocar um medicamento prescrito por outro mais barato, isto na sequência de um comunicado emitido pela Ordem esta semana sobre esta questão.
De acordo com o jornal Público, a Ordem liderada por José Manuel Silva avança para esta iniciativa por entender que o argumento da liberdade de escolha é demagógico e usado de forma maliciosa, o que a faz aconselhar os doentes a confiarem nos conhecimentos e experiência dos clínicos.
Em declarações a este diário, José Manuel Silva afirma que para contestar a proposta de lei que impõe que os medicamentos passem a ser prescritos por princípio activo e não por marca, os médicos vão entregar junto com a receita um folheto onde se explica porque não deve ser autorizada a alteração do fármaco prescrito pelo médico.
Para a Ordem, a solução proposta pelo Governo é prejudicial para os doentes e tem como objectivo beneficiar os farmacêuticos que passam a poder escolher ter na farmácia as marcas com quem têm melhor relação comercial e as que dão mais lucro.
Em comunicado, a Ordem contesta o argumento de que esta medida servírá para aumentar a venda de genéricos, ao dizer que a proposta de diploma facilita a substituição de um genérico por outro por meros motivos comerciais.
A Ordem dos Médicos avisa ainda que vai pedir responsabilidades ao farmacêutico e ao Governo por todas as consequências que decorram da troca de medicamentos nas farmácias.