"Os cidadãos não têm consciência" sobre a proteção de dados, avisa especialista
No Dia Europeu da Proteção de Dados, a professora universitária Rita Figueiras assume que a comunicação social tem preponderância para que as pessoas "ganhem consciência" tenham consciência sobre a temática.
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A 28 de janeiro celebra-se o Dia Europeu da Proteção de Dados. Entrevistada por Fernando Alves na Manhã TSF, Rita Figueiras explicou que "os cidadãos não têm consciência aguda" sobre a temática, mas acredita na importância da comunicação social para lançar "notícias sobre o tema" para que as pessoas "ganhem consciência".
A professora de Ciências da Comunicação e Comunicação Política da Universidade Católica de Lisboa aponta a importância de várias entidades, como a União Europeia, estarem a "encontrar soluções para regular a liberdade". Além disso, existe agora a possibilidade de alguns organismos públicos usarem e venderem dados de empresas, o que faz com que "as notícias surjam" e as pessoas entendam que "há outras formas de aceder" a dados pessoais.
Rita Figueiras diz que é importante que a população saiba de "outras formas de aceder a informação pessoal" e a "quantidade de informação que pode ser recolhida sobre as pessoas quando estão a utilizar os aparelhos".
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Com a componente digital dos dados, significa que é "possível extrair dados sobre a vida das pessoas" e, portanto, alerta que "há uma quantidade enorme" de componentes que são recolhidas. A conectividade entre empresas, segundo a docente, torna inevitável o "aumento" da produção e "interesse" pelos dados.
A docente refere que perceção sobre a proteção de dados "vai alertando as pessoas" para os perigos da temática.
No entanto, Rita Figueiras garante esse alerta "não significa conhecimento" e "total consciência de como é que a recolha acontece e os perigos que estão associados a essa recolha" de dados.