Há 20 anos Cavaco defendeu o fim do embargo da UE à China, por causa de Tiananmen. Agora, embora Portugal não tenha mudado de opinião, o assunto não está na agenda.
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Depois de uma tarde para recuperar da viagem, começa a sério amanhã de manhã a visita que traz Cavaco Silva à China 20 anos depois.
E começa com um encontro com empresários, um dos pratos mais servidos desta deslocação.
Na verdade, Portugal quer mais investimento chinês e quer mais negócios com empresas portuguesas na China.
Já a nível político, embora o relacionamento seja considerado muito bom, há mais problemas.
Veja-se o caso do embargo que a Uniao Europeia mantém à China, desde 1989, por causa do massacre de Tiananmen.
Em 1994 Cavaco foi dos primeiros lideres europeus a defender o fim desse embargo, o que lhe valeu criticas de todos os partidos, da igreja catolica e da comunicação social, com Paulo Portas a assinar um editorial muito zangado no Independente.
Mas essa passou a ser a posição de Portugal, que todos os lideres politicos subscreveram.
Hoje, 20 anos depois, quando se pensaria que o assunto estava encerrado, não só Bruxelas mantém o embargo como o assunto - sabe a TSF - não fará parte das conversas.
Portugal não mudou de opinião, mas os negócios falam melhor chinês do que a Política.