O antigo administrador do grupo Lena Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e João Perna, um motorista que a TSF sabe que trabalha para José Sócrates, são os outros detidos no âmbito da investigação que envolve o antigo primeiro-ministro.
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A Procuradoria Geral da República (PGR), em comunicado enviado às redações, explica que o inquérito aberto está a investigar «operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem uma justificação conhecida e legalmente admissível».
O caso está em segredo de justiça, mas o comunicado da PGR detalha ainda os nomes dos três detidos. Para além de José Sócrates, os detidos incluem o empresário Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira, e um motorista com o nome de João Perna, que a TSF sabe que trabalha para José Sócrates.
Os interrogatórios começaram ontem no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, e recomeçaram este sábado.
A Procuradoria acrescenta ainda que o caso nasceu de uma comunicação bancária para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal no âmbito de uma lei, de 2008, para prevenir o branqueamento de capitais.
O comunicado sublinha ainda que a detenção de José Sócrates e dos outros três envolvidos é uma«investigação independente de outros inquéritos em curso, como o Monte Branco ou o Furacão, não tendo origem em nenhum destes processos».
O antigo chefe de Governo entre 2005 e 2011 foi detido na sexta-feira à noite, quando chegava ao aeroporto de Lisboa, no âmbito de um processo de suspeitas de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.
Esta é a primeira vez na história da democracia que um antigo primeiro-ministro é detido para interrogatório.