Em Novembro de 1979, Isabel do Carmo, uma das presas do PRP (Partido Revolucionário do Proletariado) começava uma greve de fome, pela lei da Amnistia , com objectivos conseguidos trinta dias depois. Mais de três décadas depois, fala com a TSF sobre o "sofrimento voluntário" do grevista de fome.
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Num texto escrito o ano passado para uma performance, no Festival Serralves em Festa, a médica recorda aquela "viagem" de trinta dias. "Vamos para o hospital. Dão-nos soro. Não comemos. Vemos as análises. O potássio está baixo, tão baixo. Potássio baixo faz parar o coração. Espero que o meu coração não pare. Tenho medo."
Isabel do Carmo diz que Luaty Beirão está capaz de enfrentar a morte. É isso que distingue os que desistem e os que persistem, como o activista luso- angolano, que cumpre hoje o trigésimo sexto dia de greve de fome.