"Os pais fazem uma ginástica entre o teletrabalho e os filhos." PCP quer apoios a 100%
João Oliveira considera que a proposta do Governo de troca das funções por teletrabalho com apoio aos filhos "não resolve" as dificuldades dos pais.
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Apesar de considerar "positivas" as medidas de apoio aos pais que o Governo leva esta quarta-feira aos parceiros sociais, propondo a troca entre o teletrabalho por um apoio pago pela Segurança Social, o PCP insiste num apoio pago a 100%.
"Se, por causa do pagamento a 66%, ou seja, a perda de salário, os pais acabam por deixar os filhos com os avós, os objetivos dificilmente podem ser alcançados", lembrou o líder da bancada do PCP.
João Oliveira sublinha que existe "um milhão de famílias em casa" e que os pais "têm de fazer uma ginástica quase impossível de combinar a assistência às crianças com o teletrabalho".
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"É preciso que seja aprovado um verdadeiro regime de apoio às famílias", defende o líder parlamentar do PCP, que amanhã espera "abertura" por parte do PS "para a aprovação de algumas propostas" durante a apreciação parlamentar do decreto-lei com as medidas de apoio no estado de emergência decretado para conter a epidemia de Covid-19 e aos pais devido ao encerramento das escolas.
O PCP propõe, por exemplo, que quem está em teletrabalho possa optar pelo regime de assistência à família quando tem filhos a cargo.
Entre outras propostas que amanhã vão ser debatidas no Parlamento, o PCP sugere ainda a renovação de prestações sociais e o alargamento do apoio por assistência à família para filhos até aos 16 anos e também para os trabalhadores independentes.
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