Os quatro pilares essenciais para travar a pandemia. Alguns dependem de cada um de nós
Graça Freitas acredita que há um conjunto de medidas que, em conjunto, podem prevenir infeções e salvar vidas. "Nenhuma medida isolada é suficiente", alerta.
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Há quatro pilares fundamentais para travar a pandemia do novo coronavírus. Trata-se de um conjunto de medidas que não resulta separadamente, uma espécie de sociedade em recolhimento, onde as atitudes de uns protegem ou prejudicam os outros.
Na conferência de imprensa deste sábado, a diretora-geral da saúde voltou a dirigir-se aos portugueses para alertar que "nenhuma medida isolada é suficiente", mas que, quando tomadas em conjunto, podem "prevenir alguns casos de doença, aplanar a curva e salvar vidas".
Eis os pilares apresentados por Graça Freitas:
- Reforço constante dos serviços e capacidade de resposta
É preciso "gastar recursos e reintroduzir recursos", fazendo bem uma gestão de ambos.
- A regra com quatro passos: detetar, testar, tratar e encontrar contactos
É fundamental "detetar precocemente casos positivos", o que só é possível com testes, tratá-los de acordo com a sua condição clínica e encontrar contactos destas pessoas para agir em conformidade.
- Dar seguimento a medidas de redução da transmissão
O tal "dever de recolhimento domiciliário" decretado no estado de emergência não pode abrandar.
Para que haja uma redução das infeções, "continua a ser recomendado a lavagem das mãos", já que estas são o "veículo" para a transmissão. "Temos de começar a pensar quantas vezes levamos as mãos ao nariz, à boca, aos óculos", alertou a diretora-geral da saúde.
Neste seguimento, é importante limpar mais frequentemente as superfícies, tocar o menos possível nos objetivos uns dos outros e manter a etiqueta respiratória: "Jamais tossir ou fala para alguém."
- Distanciamento social
Esta regra tem duas vertentes, quem está em casa por estar contaminado e quem está em isolamento para prevenir a infeção.
Num agregado se encontra pessoas doentes e positivas, tem mesmo de haver um "confinamento". "A pessoa que está doente deve ficar confinada num determinado espaço, num quarto, conviver o mínimo possível e quando o faça usar uma máscara", explicou.
Graça Freitas já tinha dito que o doente deve, dentro das possibilidades, manter o espaço o mais limpo possível, a comida deve ser-lhe entregue e, se possível não deve usar a mesma casa de banho que os restantes membros do agregado familiar.
Também as pessoas que estão em isolamento social devem tentar manter alguma contenção no convívio com os outros.