Ou greve geral ou greve de zelo. Motoristas de matérias perigosas traçam linhas vermelhas
Sindicato e patrões têm reunião decisiva esta terça-feira. Sem respostas positivas vem aí mais uma greve que pode afetar combustíveis.
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Uma greve geral ou uma greve de zelo. Estas são as duas hipóteses que o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) diz ter em cima da mesa se não for possível chegar já esta terça-feira a um acordo com os patrões em dois pontos que os motoristas consideram fundamentais.
Depois da ameaça da semana passada, no final das primeiras reuniões depois do fim da greve que paralisou a distribuição de combustíveis, o sindicato detalha à TSF que espera agora respostas claras da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM).
Se a associação representativa dos patrões não reconhecer já nesta terça-feira a nova categoria profissional de motorista de matérias perigosas e um salário base de 1200 euros, o SNMMP poderá avançar para uma greve geral ou, em alternativa, para uma greve de zelo em que os trabalhadores rejeitem qualquer trabalho extraordinário.
O presidente do sindicato, Francisco São Bento, acredita que, apesar da resistência demonstrada até agora pela ANTRAM, será possível chegar a um acordo que evite nova greve.
Na última semana chegou a ser noticiado que o SNMMP já tinha entregue um pré-aviso de greve a partir de dia 17 de maio, mas o sindicato garante que isso é mentira, pois está tudo dependente da reunião desta terça-feira com os patrões.
A TSF também contactou a ANTRAM que não pretende comentar o assunto antes de voltar a encontrar-se com o sindicato.