Pedro Passos Coelho abriu o debate sobre o Estado da Nação com críticas ao PS e à Oposição. O primeiro-ministro defendeu ainda que o Governo seguiu a estratégia mais acertada para proteger os portugueses e que agora o que se discute é quanto vai a economia crescer.
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Pedro Passos Coelho diz que o país não pode regressar aos "ciclos da irresponsabilidade e da bancarrota". Na intervenção inicial no debate sobre o Estado da Nação, o primeiro-ministro fez do Partido Socialista o principal alvo, considerando que "o ziguezague, a desorientação política nos propósitos e nos meios" continua a ser "uma ameaça coletiva" para o país.
O chefe do Governo acusou ainda a oposição de nunca ter colaborado para devolver a credibilidade a Portugal. Passos Coelho considerou que se o PS propõe agora a reposição de cortes "a um ritmo ligeiramente mais rápido" do que o Governo, isso deve-se à combinação de "disciplina nas contas e crescimento económico" que, diz o primeiro-ministro, foi a "estratégia mais acertada".
O primeiro-ministro defendeu que está demonstrado que o Governo seguiu a estratégia mais acertada para proteger os portugueses e que agora o que se discute é quanto vai a economia crescer.
"Foi a mais acertada, não segundo critérios de política partidária, não segundo cartilhas ideológicas que ignoram a realidade e os problemas concretos das pessoas. Foi, sim, a estratégia mais acertada para proteger os portugueses nas suas vidas quotidianas", acrescentou Passos Coelho.
Segundo o primeiro-ministro, a governação dos últimos quatro anos preparou Portugal "para resistir às contingências que o futuro pudesse trazer" e conduziu a "um horizonte de mais prosperidade, de mais equidade e de mais justiça".
Passos Coelho admitiu que se possa "discutir se é mais otimista ou menos otimista" esse horizonte, mas reclamou que neste momento "a discussão em Portugal já não é o crescimento do desemprego, o tumulto financeiro, a insegurança das poupanças, o desaparecimento de empresas e setores de atividade".
"A discussão, bem diferente, agora é: Quanto é que vai a economia crescer? Qual o ritmo de descida do desemprego? Que aceleração terá a inovação na nossa economia? A que velocidade serão removidas todas as medidas que nos foram forçadas pela violência da emergência nacional que atravessámos? Esse é um facto indesmentível da realidade portuguesa", sustentou.