País tem “sabor a amoras bravas": verão arranca com tempo ameno, mas temperaturas ultrapassam 40 graus em breve
Apesar de estarem previstas temperaturas máximas amenas para o primeiro fim de semana de verão, os termómetros voltam a subir ao longo da próxima semana, especialmente na sexta e sábado. Viana do Castelo e Porto devem chegar quase aos 30 ºC e Beja aos 41 ºC
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O verão de 2025 chega na próxima madrugada com nuvens altas a fazer baixar as temperaturas, especialmente no litoral, mas a prometer ultrapassar os 40 graus em breve nalguns locais do continente.
De acordo com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as temperaturas máximas devem oscilar no primeiro dia de verão entre os 21 ºC (graus celsius) de Ponta Delgada e os 34 de Beja. Distritos do litoral, como Viana do Castelo, Porto ou Aveiro, não devem ir além dos 22 ou 23 ºC de temperatura máxima.
A situação irá, no entanto, mudar ao longo da próxima semana, especialmente na sexta e sábado, indicam as previsões do IPMA. Viana do Castelo e Porto devem chegar quase aos 30 e Beja aos 41 ºC.
O solstício de verão chega às 02h42, marcando o que é tradicionalmente o dia mais longo do hemisfério norte. A 21 de dezembro chegará às 15h03 ao hemisfério sul.
No primeiro dia de verão o sol nasce às 06h10 e põe-se às 21h06, com o dia a durar 14:55:47. No domingo o dia tem aparentemente a mesma duração, mas será dois segundos mais curto, e no final do mês o dia já será cinco minutos mais curto.
Será assim até ao equinócio de outono, a 22 de setembro às 19h19, quando os dias serão do tamanho das noites, começando a noite a prevalecer a partir daí e até ao solstício de inverno, que chega às 15h02 de 21 de dezembro e que marca a noite mais longa.
Mas esse é outro tempo. O que chega no sábado de madrugada é por norma das estações mais esperadas, os dias longos associados a férias, a “pouco trabalho” segundo o escritor brasileiro Luis Fernando Veríssimo, a sabor de amoras bravas, como escreveu o poeta português Eugénio de Andrade.
Mas são relativos os estereótipos. Não há relatos de que sejam mais felizes os habitantes de Longyearbyen, na ilha de Spitsbergen, no arquipélago ártico de Svalbard, que por esta altura vivem o “sol da meia-noite”, onde o dia começou a 18 de abril e onde só a 25 de agosto se vai começar de novo a pôr o sol, e a princípio apenas uma hora.
Nem que sejam infelizes os habitantes de Ushuaia, Argentina, no hemisfério sul já perto da Antártida, onde no sábado o sol nasce cerca das 10h00 e se põe pouco depois das 17h00. E onde se comemora com muitas festas o solstício de inverno.
“Quando as pessoas são felizes não reparam se é inverno ou verão”, escreveu o dramaturgo russo Anton Tchekhov.
