O secretário geral do PCP classificou as declarações do Presidente da República sobre a sua reforma como um «insulto» aos portugueses que vivem com pensões de 200 ou 300 euros.
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O Presidente da República, Cavaco Silva, disse esta sexta-feira que aquilo que vai receber como reforma «quase de certeza que não vai chegar para pagar» as suas despesas, recordando que fez poupanças ao longo da sua vida.
Para o líder do PCP, trata-se de um discurso «quase ofensivo» para os reformados com baixas reformas.
«Sabendo que o actual Presidente da República, e não vamos agora questionar o quantitativo, beneficia de um rendimento de dez mil euros, isso é quase ofensivo para os ouvidos e a vida desses portugueses que não sabem como é que se hão de governar com 200 e 300 euros de reforma», comentou.
«Houve muita precipitação, muita insensibilidade, acaba por ser um insulto a esses portugueses que têm tantas dificuldades», sublinhou Jerónimo de Sousa.
O líder do PCP falava em Famalicão, à margem de um comício onde apelou à luta contra as medidas previstas no memorando de entendimento com a troika e criticou fortemente o acordo de concertação social celebrado esta semana.