No dia em que começa mais um Congresso Português do AVC, a neurologista Marta Carvalho fala das consequências da Covid-19 nas doenças vasculares.
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Os neurologistas acreditam que resultaram os alertas feitos nos primeiros momentos da pandemia, quando foi sentida, pela primeira vez, a falta dos casos diários de acidentes vasculares cerebrais (AVC) nas urgências dos hospitais.
Ouvida pela TSF, Marta Carvalho, neurologista no Hospital de São João e membro da comissão organizadora do Congresso Português do AVC, afirma que, dentro do possível nas atuais circunstâncias, os hospitais são seguros para receber os doentes vítimas de acidente vascular cerebral.
Marta Carvalho considera que a ciência e os procedimentos nesta área estão, em Portugal, ao melhor nível, comparando com o resto do mundo.
Muito importante, é também a reabilitação. Ao contrário do que aconteceu na primeira vaga, desta vez as clínicas de fisioterapia não fecharam.
Para os que têm medo de ir fazer o tratamento, a médica lembra que o atrasar o processo dificulta a recuperação, e, no cérebro, todo o tempo conta.
Durante a pandemia, os riscos aumentaram, uma vez que houve mais sedentarismo e, portanto, mais obesidade, dois dos principais fatores de risco de AVC.
"Em casa também há chão"; sublinha Marta Carvalho, que propõe, para combater o sedentarismo, que quem não quer sair faça um passeio higiénico, caminhando "às voltas em casa".
O 15.º Congresso Português de AVC, organizado pela Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, começa esta quinta-feira, com um recorde de quase 1500 participantes.
Este ano, o congresso é virtual e será difícil escapar aos temas da pandemia.
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