Operação Centenário incidiu sobre segurança alimentar e prestação de serviços económicos e está centrada não só na região de Fátima mas também ao longo dos percursos usados pelos peregrinos.
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A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou esta quinta-feira que no âmbito da operação Centenário das Aparições foram fiscalizados 550 operadores económicos no país, tendo sido levantados 125 processos de contraordenação e seis processos-crime.
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Em declarações aos jornalistas, em Fátima, distrito de Santarém, onde peregrina o papa Francisco a 12 e 13 de maio, o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, adiantou que foi ainda suspensa a atividade em nove estabelecimentos. Quatro desses estabelecimentos estão sediados em Fátima, três na zona de Aveiro, um no norte e outro na região de Lisboa.
À margem de ações de fiscalizações que decorrem durante esta quinta-feira na cidade de Fátima e arredores, Pedro Portugal Gaspar referiu que a operação "Centenário" começou a ser desenvolvida no final de dezembro "com o objetivo de muito atempadamente tomar as medidas necessárias com vista a assegurar a prevenção e o despiste em termos de atuação" desta autoridade.
O inspetor-geral da ASAE afirmou que as ações de fiscalização foram "não só centradas em Fátima", como também nos percursos "dos peregrinos ao longo do país", salientando que foi desencadeada "atempadamente" para que os operadores económicos pudessem tomar as "correções necessárias" no caso de este órgão de polícia criminal detetar inconformidades.
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Segundo Pedro Portugal Gaspar, a ação da ASAE incidiu na segurança alimentar e prestação de serviços económicos, adiantando que os estabelecimentos cuja suspensão da atividade foi determinada pelos inspetores deveu-se "a falta de condições de higiene".
No caso dos estabelecimentos encerrados, os operadores terão de pedir uma reinspeção para a eventual reabertura do espaço. Já nos processos -crime, adiantou o inspetor-geral, a "fraude sobre mercadorias" é a que tem maior incidência, precisando que se trata, em linguagem popular, de "vender gato por lebre".
Sobre a peregrinação de 12 e 13 de maio, quando passam cem anos sobre os acontecimentos de 1917 na Cova da Iria, o responsável referiu que o "aspeto central" da preocupação da ASAE é a "segurança alimentar" e de "assegurar que os estabelecimentos que fornecem as refeições estejam em condições".