Papa elogia "caridade" no bairro da Serafina e lembra que Igreja "não é museu de arqueologia"
Francisco lembrou que é preciso "agir no concreto".
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No Bairro da Serafina, o papa Francisco começou por falar da caridade, como origem e meta do caminho cristão, ajudando a não esquecer "a rota" e o sentido "daquilo que fazemos".
"Obrigado pelos vossos testemunhos, dos quais quero destacar três aspetos: fazer juntos o bem, agir no concreto e estar próximo dos mais frágeis. Primeiro, fazer juntos o bem. 'Juntos' é a palavra-chave, que ouvi repeti", sublinhou o papa Francisco.
Depois, lembrou que é preciso "agir no concreto" e que a Igreja "não é um museu de arqueologia".
"Como nos recordava o padre Francisco, inspirando-se em São João XXIII - é 'o antigo fontanário da aldeia que dá água às gerações de hoje, como a deu às do passado'. O fontanário serve para matar a sede dos caminhantes que chegam, carregando o peso real e as canseiras concretas do seu caminho. Por conseguinte é necessária concretização, atenção ao 'aqui e agora', como aliás já fazeis com o cuidado dos pormenores e sentido prático, belas virtudes típicas do povo português", afirmou Francisco.
Logo depois, Francisco interrompeu o discurso por não ter condições para conseguir ler bem. Já a improvisar, o chefe de Estado do Vaticano afirmou que no Bairro da Serafina há uma realidade "que deixa marca" e que "inspira os outros", agradecendo, "do fundo do coração", aos responsáveis pelo bem que fazem na ajuda aos mais frágeis.
"Não poderia existir uma Jornada Mundial da Juventude se não tivéssemos em conta esta realidade. Vós gerais vidas continuamente e isso é feito com o vosso compromisso. Agradeço-vos do fundo do coração por isso. Continuem e, se desanimarem, bebam um copo de água e continuem em frente", acrescentou o chefe de Estado do Vaticano.