"Para segurança de todos." Quatro praias de Oeiras interditadas devido a derrame de "combustível pesado"
O Capitão do Porto de Lisboa disse à TSF que "o combustível disseminou-se durante a madrugada para a zona da marina de Oeiras e Praia da Torre"
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A Proteção Civil municipal de Oeiras encerrou a “toda e qualquer atividade” na praia da Torre, de Santo Amaro, de Paço de Arcos e de Caxias, no distrito de Lisboa, “por tempo indeterminado” devido a um derrame de um "combustível mais pesado do que o normal" de uma embarcação no rio Tejo.
Em declarações à TSF, Paulo Vicente, Capitão do Porto de Lisboa, explica que o derrame aconteceu por um reabastecimento que ocorria perto da Ponte 25 de Abril: "No período da tarde de domingo foi possível conter. Durante a madrugada [o combustível] disseminou-se para os lados da vila de Oeiras, onde atingiu a zona da marina e da Praia da Torre."
Numa publicação publicada nas redes sociais, o município de Oeiras informa a população do acesso interdito à praia da Torre, devido à contaminação por crude. No comunicado, aquele município diz que a praia de Santo Amaro e de Paço de Arcos também se encontram interditadas, assim como a praia de Caxias, que se encontra encerrada como "medida cautelar".
De acordo com a nota, as praias estão interditadas, areal e mar, “encontrando-se encerradas por tempo indeterminado para garantir a segurança de todos”.
A publicação dá ainda conta que a informação sobre o incidente será atualizada através dos canais oficiais “assim que a situação se altere”.
Fonte da Câmara Municipal de Oeiras, disse à agência Lusa que a mancha de crude “está a aumentar, tendo sido também encerradas a Praia de Santo Amaro e a de Paço de Arcos”.
Em declarações à Lusa, o porta-voz da Marinha Portuguesa, explicou que o derrame ocorreu durante a madrugada, “a jusante da Ponte 25 de Abril”, aquando de um reabastecimento de um navio.
Segundo o comandante Ricardo Sá Granja, já se encontram no local meios de combate à poluição, adiantando que o caso já foi reportado ao Ministério Público e a Polícia Marítima está a conduzir a investigação do incidente.
O responsável adiantou que o incidente se deu entre um navio português, que tinha o combustível, e um outro de bandeira dos Países Baixos.
O porta-voz acrescentou não poder adiantar para já o volume de combustível derramado, frisando que “a limpeza e contenção da poluição serão realizadas conjuntamente entre vários organismos”.
Segundo Ricardo Sá Granja, também a Marina de Oeiras foi afetada pelo derrame.
*Noticia atualiza às 17h57 com as declarações do Capitão do Porto de Lisboa
