Paragem de 23 minutos? Farmácias garantem que "não esquecem" as suas obrigações

António Cotrim/Lusa
Presidente da Associação Nacional de Farmácias diz que utentes não vão ficar abandonados durante protesto simbólico.
A Associação Nacional de Farmácias (ANF) garante que as obrigações para com os utentes não estão esquecidas e que o protesto desta tarde será "simbólico".
Em declarações à TSF, o presidente da ANF, Paulo Duarte, convida mesmo as pessoas a visitar as farmácias das 15h00 às 15h23, hora do protesto, "para confirmarem que, mais uma vez, não as vamos deixar abandonadas".
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No protesto anunciado pela ANF, a plataforma informática de dispensa das receitas eletrónicas vai parar esta quarta-feira durante 23 minutos, o equivalente aos minutos reservados pela Assembleia da República para debater a petição "Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS'".
Esta quarta-feira, o Infarmed lembrou que as farmácias estão vinculadas a obrigações legais "de atender e dispensar medicamentos em permanência durante o seu horário de funcionamento" e incorrem em sanções se não o fizerem.
Em resposta, Paulo Duarte diz que não teme sanções e limita-se a agradecer o alerta do Infarmed, "porque reforça a importância que as farmácias têm", diz. "Estamos de consciência tranquila"
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Com a paragem simbólica, as farmácias querem alertar "a sociedade portuguesa e o poder político sobre a urgência de medidas concretas para salvaguardar os serviços das farmácias aos portugueses".
"O Estado tem iniciado várias experiências de serviços farmacêuticos críticos para a saúde dos portugueses, mas esses processos arrastam-se no tempo, sem decisão ou qualquer investimento público", lamenta a ANF.
De acordo com a associação, neste momento há 702 farmácias alvo de processos de penhora e de insolvência, o que corresponde a 24% da rede nacional.