Pardal Henriques sobre extinção de sindicato: "Não quero acreditar que o nosso país não tem democracia"
Advogado diz à TSF que voltaria a fazer tudo o que foi feito no ano passado quando os motoristas de matérias perigosas paralisaram o país.
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Pedro Pardal Henriques não compreende a decisão do Tribunal do Trabalho de Lisboa em extinguir o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas. Em declarações à TSF, o advogado do sindicato revela que não foi notificado e não acredita que esta seja uma decisão para manter.
"Não quero acreditar que o nosso país não tem democracia e quem se levanta contra o regime e os poderes que estão instalados sejam desta forma silenciados", afirma Pardal Henriques, revelando que o sindicato tem recebido muitas inscrições.
O advogado do sindicato sublinha que hoje fazia tudo o que fez no verão passado, embora de uma forma "mais inteligente". "Tudo o que fizemos na altura, voltaríamos a fazer tudo exatamente no dia de hoje. Se calhar com um pouco mais de experiência teríamos tomado decisões mais inteligentes", refere Pedro Pardal Henriques.
O sindicalista estranha que a decisão do Tribunal do Trabalho de Lisboa tenha sido tornada pública nesta sexta-feira, dia em que há testemunhas do que aconteceu no ano passado a depor sobre o sucedido. "São coincidências a mais", disse.
Questionado pela TSF sobre a decisão em extinguir o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, o líder da UGT afirma que vai esperar por mais detalhes, sublinhando que "a extinção de associação sindical é sempre algo que traz preocupação, sobretudo, num regime democrático".
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