Através de uma empresa criada pela própria Paróquia de Santa Maria de Tavira, a ArtGilão, em colaboração com a Casa Santos Lima, criou um vinho que será vendido em exclusivo para angariar fundos e recuperar património da igreja.
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Quando chegou à Paróquia de Santa Maria de Tavira, o Padre Miguel Neto percebeu que era preciso angariar dinheiro para deitar mão a uma série de projetos. Decidiu então criar, com a " bênção" da Diocese do Algarve, a empresa ArtGilão. "Era um modo legal e transparente de promover o património e angariar fundos", esclarece o pároco.
Numa loja junto a uma das igrejas, a ArtGilão já vende uma série de produtos com design ligado à paróquia. Saquinhos de sal de Tavira, t-shirts, colares, tudo com padrão dos azulejos das igrejas.
Mas agora decidiu ir mais longe e ter um vinho exclusivo que só esta empresa venderá. " Um vinho que pudesse ser a cara mais visível deste projeto", diz Miguel Neto", "e que pudesse ultrapassar os muros da igreja e ser vendido ao consumidor, não só na loja como em restaurantes da cidade." "Ainda só provei o tinto mas quem é conhecedor diz que é um vinho bom, com boa qualidade preço", garante o padre.
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O vinho é produzido pela Casa Santos Lima, e os clientes podem escolher entre um branco, um tinto e um rosé, e, desta forma, estarão a ajudar a paróquia de Tavira. Projetos para gastar o dinheiro não faltam, entre eles, a recuperação de peças de talha, de obras de arte e o restauro de várias igrejas da cidade.
O vinho chama-se "Sete cavaleiros do Castelo", e refere-se aos cavaleiros que ajudaram D. Paio Peres a conquistar Tavira aos mouros no século XIII.
Quando lhe perguntamos se está a tornar-se um empresário , o padre Miguel Neto ri-se à gargalhada."Não é esse o meu objetivo", garante. "Quero apenas manter Tavira como a cidade das igrejas e cuidar da presença do sinal cristão aqui", afirma. É, afinal, uma forma de manter as igrejas mais bonitas sem pedir dinheiro nem aos fiéis nem ao Estado.