O evento contou com a presença de autarcas da Câmara Municipal e o primeiro vinho saído desta colheita é esperado para o início do próximo ano
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As vindimas de Lisboa começaram esta terça-feira e contaram com a ajuda dos lisboetas pelo segundo ano consecutivo, a convite da câmara municipal, no Parque Vitícola da capital.
O primeiro grupo chegou cedo, pelas 9h00 da manhã. Das 120 vagas, foram preenchidas pouco menos de uma centena, mas mão de obra não faltou. Dos mais velhos aos mais novos, e divididos por grupos, todos puderam experimentar uma das mais antigas tradições portuguesas. Por volta do meio-dia e pelas contas do co-CEO da Casa Santos Lima, já um quarto da colheita está feito. "Estamos à espera de apanhar cerca de 20 toneladas", adianta Luís Almada, responsável pela produtora que faz acontecer este evento, em parceria com a Quinta Pedagógica dos Olivais, da Câmara de Lisboa.
Quem também marcou presença foi Ângelo Pereira, o responsável pela Estrutura Verde da Câmara Municipal de Lisboa. O autarca destaca a localização das vinhas, no antigo Bairro do Relógio, entre o aeroporto e a 2.ª Circular, que permite ligar os lisboetas à natureza. Realça também a parceira que fez nascer esta produção, em 2014. "Tem feito com que se consiga produzir um vinho, branco e tinto, que tem o nome de um dos símbolos de Lisboa, os corvos", afirma.
O final da manhã foi ainda marcado por uma demonstração de rancho, por parte do Grupo Etnográfico Danças e Cantares do Minho, sediado em Lisboa. Da parte da tarde, outra centena de pessoas ajudou nas vindimas deste ano, cujo vinho é esperado para o início de 2025.
Com mais de 65 milhões de garrafas por ano, a região de Lisboa é das que mais vinho produz, em todo o país. Destas garrafas, que integram a marca "Vinhos de Lisboa", cerca de 80% acaba exportado para mais de 100 países.