José Inácio Faria, presidente do MPT, realçou que não há derrapagem para qualquer tipo de capitalismo.
Corpo do artigo
O MPT - Partido da Terra rejeitou esta sexta-feira, em Lisboa, a existência de "ecocapitalismo" ou "ecosocialismo" nas políticas ambientais, criticando os que se dizem amigos da ecologia e defendendo que o ambiente é transversal a todas as ideologias.
"Eu não acredito no ecocapitalismo nem ecoscocialismo", disse José Inácio Faria, presidente do MPT, em declarações à agência Lusa, realçando que "não há derrapagem para qualquer tipo de capitalismo ou de socialismo pelas questões ambientais".
O dirigente do Partido da Terra falava no Cais do Sodré, em Lisboa, no âmbito da greve climática global, que decorre em mais de 170 países. José Inácio Faria salientou que as questões ambientais são transversais, sublinhando que não sabe o que quer dizer ecocapitalismo.
"As questões ambientais são transversais a todos: à direita, à esquerda, ao centro, ao populismo, ao pragmatismo. É tudo! Temos aqueles partidos que se dizem 'ecofriendly' [amigos da ecologia, em português], ecosocialista, eco não sei o quê, alguns dizem que são ecocapitalistas... Eu não sei o que isso quer dizer", reforçou.
Para o presidente do MPT, o importante é ser "verdadeiramente ecologista" e encontrar soluções para o planeta.
"O que nós temos de ser é verdadeiramente ecologistas e pensar no fim do planeta. Esta alteração rápida destes eventos [alterações climáticas] que são cíclicos deve-se à atividade humana, está mais do que comprovado. Isto é que temos de travar", concluiu Inácio Faria.