Os partidos com assento parlamentar discutem, esta sexta-feira, novas regras para o crédito à habitação para famílias em dificuldades.
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É para as famílias com maiores dificuldades financeiras que vai a preocupação da maioria dos partidos. Regras especiais e temporárias para casos em que o rendimento das famílias sofre grande redução.
Leitão Amaro, do PSD, sublinha que em situações como o desemprego ou o divórcio os bancos não podem aumentar os 'spreads' e a entrega da casa deve ser o último recurso.
Em certos casos, Pedro Delgado Alves, do PS, sugere uma trégua no pagamento dos empréstimos, uma moratória, ou seja, a «possibilidade de não pagarem durante um período de tempo e compensarem mais tarde no pagamento do crédito».
A esquerda concorda, mas a maioria avisa que deve haver limites para não se «criar uma auto-estrada de incumprimento».
É mais o que os une do que os separa. Pedro Filipe Soares, do BE, espera que se chegue a um consenso final.
Mas há uma linha que separa esquerda e direita. O PCP não quer esperar pelos bancos.
«É o essencial neste debate, não ignorar a situação e ter respostas que não dependam do acordo da banca porque isso significa em muitos casos que ele não acontecerá e que as pessoas perderão a casa», defende Bernardino Soares.
Já Adolfo Mesquita Nunes, do CDS, deixa um aviso: «É importante que as pessoas tenham uma resposta, mas é importante que essa resposta acabe por não se virar contra as próprias famílias, porque encarece o crédito à habitação de uma forma insuportável».