"Partilha é pilar da ciência." Novo instituto de medicina molecular quer estar "em contacto" com cientistas e sociedade
O Instituto de Medicina Molecular da Gulbenkian resulta da fusão de outros dois institutos. À TSF, o diretor de operações, Fausto Lopo de Carvalho, refere que se não estiverem "em contacto com outros cientistas e com outros membros da nossa sociedade", correm "o risco de ficar fechados"
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É apresentado, esta quarta-feira, o Instituto de Medicina Molecular da Gulbenkian. O GIMM (na sigla em inglês) surge da fusão do Instituto Gulbenkian de Ciência e o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, envolve mais de 500 investigadores e tem um orçamento de 40 milhões de euros para o próximo ano.
Em declarações à TSF, o diretor de operações, Fausto Lopo de Carvalho, refere que o GIMM trata-se de uma instituição privada aberta à sociedade. "Esta partilha é um pilar da ciência e tem de continuar a ser, porque a ciência a este nível é uma ciência financiada também por todos nós, pelos nossos impostos", explica à TSF Fausto Lopo de Carvalho, sublinhando que, "enquanto organização de impacto e de utilidade pública", têm o "dever de partilhar".
"Se nós não estamos em contacto com outros cientistas e com outros membros da nossa sociedade, corremos o risco de ficar fechados. Em áreas de inovação isso é dramático, porque fazer conhecimento gera-se muito rapidamente e a tecnologia avança muito rapidamente também", afirma o diretor de operações do GIMM.
Relativamente à questão da filantropia, Fausto Lopo de Carvalho assinala que "é muito importante que a sociedade perceba que, através da ciência, consegue obter melhores resultados". "A contribuição da sociedade civil e das grandes empresas para a ciência é importante não só a nível também de investimento, como também a nível filantrópico, sem dúvida nenhuma", acrescenta.
O GIMM está em funcionamento desde o mês de outubro e é apresentado oficialmente esta quarta-feira.