O secretário de Estado da Inovação e Empreendedorismo, Franquelim Alves, disse hoje que a sua passagem pelo BPN foi «provavelmente» a pior opção profissional da sua vida.
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Franquelim Alves, respondia no Parlamento à deputada socialista, Ana Paula Vitorino, que questionou se teria condições para exercer funções governativas devido às «ligações perigosas» com o BPN, salientando este que «jamais teria aceite o convite» para ser secretário de Estado se tivesse tido qualquer tipo de responsabilidade naquele processo.
Recordou que foi convidado pelos acionistas do banco para reestruturar a área não financeira, na sequência do afastamento de Oliveira e Costa, e que participou «em tudo para tentar recuperar o que seria recuperável» dos negócios do BPN.
Franquelim Alves assinalou que se sente «sereno com a sua passagem por esse projeto», no qual esteve cerca de um ano, mas admite que foi uma má opção.
«Foi possivelmente a pior opção profissional da minha vida, não por ter algo a ver com o que se passou lá, mas por me ver confrontado com uma situação complexa. Saí, por minha mão, quando considerei que não tinha condições. Sinto-me um cidadão de pleno direito e não tenho nenhuma razão para não aceitar o convite que honrosamente me foi colocado», frisou.
Franquelim Alves adiantou ainda que não pretende demitir-se. «Continuarei enquanto o primeiro-ministro assim o entender e estou aqui para desempenhar as minhas funções. Tentarei fazer o meu melhor, só quem não faz nada na vida pode criticar os outros porque nunca erra», disse.
E acrescentando que começou a trabalhar «desde muito novo», desabafou: «aparentemente, para alguns, isso é crime».
Franquelim Alves está hoje na Assembleia da República para falar sobre a preparação da lei de bases para o empreendedorismo, uma reunião que já estava marcada com o anterior secretário de Estado que tutelava esta pasta, Carlos Oliveira
O atual governante tinha estado no Parlamento há cerca de um mês e meio para falar do Compete, o programa de incentivos comunitários direcionado para as empresas, de que foi gestor desde fevereiro de 2012 até ser chamado para o Governo.