Passos Coelho quer que Portugal siga o caminho do diálogo e não o da «conflitualidade» e destacou que os Ministérios do actual Executivo fizeram os maiores cortes dos últimos 50 anos.
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Este domingo à noite na Festa do Pontal, em Quarteira, o primeiro-ministro lembrou os conflitos que se têm vivido nos últimos tempos, sobretudo em Londres, para apelar a que o caminho em Portugal não seja o da «conflitualidade» mas sim o do «diálogo».
Num apelo dirigido aos partidos, mas sobretudo aos parceiros da concertação social, Pedro Passos Coelho destacou que o Governo quer uma base alargada de acordo social para os próximos anos, o que implica que todos se sentem à mesa para discutir alterações às leis laborais e cortes na despesa do Estado.
Em resposta às críticas de quem acusa o Governo de apostar mais no aumento da receita do que no corte da despesa, o chefe do Executivo disse que o Governo tem feito um corte na despesa ao nível de todos os ministérios que «não tem paralelo nos últimos 50 anos em Portugal».
O governante deu o exemplo da Saúde, onde o Executivo quer gastar menos 10 a 15 por cento. Neste sentido, alertou que todos os profissionais da Saúde vão ter de pensar como é que vão atender os utentes tão bem como antes gastando menos.
Disse ainda que os sacrifícios que estão a ser pedidos aos portugueses vão abrir uma página de esperança: são para acabar com o empobrecimento e a dívida. Esse, frisou, é um esforço que tem de ser acompanhado por todos, dos mais ricos ou mais pobres, sindicalizados ou não.
Há 17 anos que um líder do PSD e simultaneamente primeiro-ministro não aparecia numa Festa do Pontal. O último a fazê-lo foi Cavaco Silva.