O primeiro-ministro solicitou ao secretário-geral dos Serviços de Informação da República a realização de um inquérito para apurar alegadas fugas de informação naqueles serviços.
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O jornal Expresso escreve, este sábado, que o ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa «terá passado dados para fora do serviço nas últimas semanas em que ocupou o cargo» para uma empresa privada que posteriormente o contratou.
Numa nota enviada aos órgãos de comunicação social, o gabinete do primeiro-ministro afirma que Pedro Passos Coelho, responsável máximo pelos Serviços de Informação da República, «não tem conhecimento de quaisquer 'fugas de informação' que possam ter ocorrido no passado».
«Dada, no entanto, a grande sensibilidade de que esta matéria se reveste, já que o prestígio e a integridade dos Serviços de Informação da República não podem ficar reféns de dúvidas suscitadas por notícias desta natureza, o primeiro-ministro, através do seu chefe de gabinete, solicitou de imediato ao senhor Secretário-Geral dos Serviços de Informação da República a realização de um inquérito com vista a apurar e esclarecer quaisquer factos relacionados com o teor da denúncia feita», refere a nota.
O primeiro-ministro reafirmou ainda que o Governo «não ordenou por via alguma» qualquer investigação a Bernardo Bairrão e que «não teve nem tem acesso» a quaisquer documentos «supostamente elaborados» pelas secretas ao ex-administrador da TVI.