Em Campo Maior, Passos Coelho garantiu que «não vira a cara à primeira dificuldade» e disse aceitar «críticas de bom grado», mas não quem queira trazer o «tumulto» para Portugal.
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O primeiro-ministro afirmou, este domingo, que nunca esperou esperou «facilidades» enquanto líder do Governo e disse aceitar as críticas que possam ser dirigidas ao Executivo, garantindo, contudo, que não «vira a cara à primeira dificuldade».
Em Campo Maior, Pedro Passos Coelho lembrou que sempre esperou encontrar uma «situação muito difícil» se chegasse ao Governo e disse que se enganam as «pessoas que pensam que só se pode viver e trabalhar sem críticas».
«Não há ninguém que possa estar isento de críticas e eu aceito as críticas que possam querer fazer de muito bom grado. Mas não sou do género de ficar em casa a lastimar-me nem de desistir de fazer aquilo que é importante para Portugal», frisou.
Num discurso que fez nesta cidade alentejana, o chefe do Governo disse não perceber as críticas de quem durante «muito tempo pediu ao Governo que apresentasse cortes na despesa» e que agora dizem que «não se pode tirar daqui nem dali nem de acolá».
«A Saúde ficaria muito pior se Portugal se mantivesse num ritmo de endividamento porque chegaria a uma altura em que os hospitais não teriam dinheiro para fazer aquilo que é preciso para salvar a vida das pessoas e cuidar do bem-estar da população», frisou.
Reiterando a ideia de que Portugal «tem de aprender a gastar menos e melhor», Passos Coelho lembrou ainda que o mesmo aconteceria nas escolas «se continuássemos a gastar de qualquer maneira, o que não podíamos fazer porque teríamos de pedir emprestado».
Passos Coelho deixou ainda um aviso a «quem se entusiasme muito com as redes sociais e com o que vêem lá fora esperando trazer o tumulto para as ruas de Portugal», muito embora tenha lembrando a existência de direitos da população.
«Em Portugal, há direito de manifestação e à greve, direitos que estão consagrados na Constituição e que têm merecido o consenso alargado em Portugal. Não confundiremos o exercício dessas liberdades com os que pensam que podem incendiar as ruas e ajudar a queimar Portugal», concluiu.