O primeiro-ministro, Passos Coelho, defende que Portugal deve assumir uma posição «realista» no próximo Conselho Europeu extraordinário de quinta e sexta-feira.
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No debate sobre o Conselho Europeu extraordinário que tem como tema o novo quadro financeiro plurianual da União Europeia, Passos Coelho disse que bloquearia «o próximo quadro financeiro europeu se vingasse a proposta atualmente em discussão, do Conselho Europeu, mas acrescentou que não seria realista rejeitar qualquer redução nos orçamentos comunitários».
Passos Coelho respondia na Assembleia da República a uma pergunta do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que o desafiou a esclarecer se está disposto a vetar o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020, que será debatido no Conselho Europeu desta semana, «se o interesse nacional for profundamente afetado».
Apesar de considerar a proposta da Comissão Europeia desequilibrada e com «elementos inaceitáveis», o primeiro-ministro disse também que Portugal não bloqueará um entendimento entre os 27, caso não exista um aumento de 5 por cento da base do orçamento europeu.
Neste ponto o primeiro-ministro respondia à pergunta do secretário-geral do PS, António José Seguro, que considera pouco ambiciosa a posição que Portugal vai assumir.