O primeiro-ministro e presidente do PSD recordou a sua frase "que se lixem as eleições" e afirmou que não troca a estratégia de "prudência" dos últimos anos por mais alguns deputados nas legislativas.
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No início de um jantar com o grupo parlamentar do PSD, na Assembleia da República, Pedro Passos Coelho defendeu "a importância de se ser prudente, de não se andar aos ziguezagues na estratégia", acrescentando: "Nunca por nunca trocaremos esta confiança, de alguma forma, esta prudência por resultados eleitorais".
Segundo o presidente do PSD, as políticas dos últimos anos abriram caminho à atração de investimento, crescimento económico e emprego. "Agora que esse prémio está ao nosso alcance, não o vamos desbaratar apenas para poder ter a mira de eleger mais uns quantos deputados, que nunca deixariam de fazer muita falta num parlamento que apoia um Governo que sabe o que quer e aonde quer chegar", afirmou.
Passos Coelho deixou esta mensagem em relação às próximas legislativas depois de recordar que "foi justamente nesta sala" do edifício novo da Assembleia da República que, em 2013, utilizou a expressão "que se lixem as eleições".
O primeiro-ministro contestou que essa sua frase possa ser entendida como um desrespeito pela democracia ou uma desvalorização das escolhas dos portugueses.
"Essas escolhas são decisivas, mas só são realmente consequentes se soubermos que aquilo que estamos a escolher é para valer, que não é de uma maneira no curto prazo para no médio e longo prazo amargurar", considerou.
Referindo-se às próximas legislativas, declarou: "Nós estaremos a preparar-nos para essas eleições com a consciência dificuldades que vencemos, do dever que cumprimos e, em particular, do projeto que transportamos para o futuro".