
Pedro Passos Coelho durante o debate quinzenal desta sexta-feira
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Passos Coelho negou qualquer compensação para a Lusoponte, após Francisco Louçã ter dito que o secretário de Estado dos Transportes tentou beneficiar esta empresa.
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O primeiro-ministro assegurou, esta sexta-feira, que a renegociação do contrato com a Lusoponte «não inclui qualquer compensação» relativamente a «derramas estaduais resultantes de variação de impostos».
«O que se vai passar é que hoje se fará o acerto com a Lusoponte de modo a que haja restituição daquilo que a Lusoponte ficou em avanço por garantia da transferência efetuada em março do ano passado relativamente à compensação das portagens na ponte 25 de Abril durante o mês de Agosto», explicou.
Durante o debate quinzenal desta sexta-feira, Pedro Passos Coelho recordou ainda que «essa revisão de mecanismo está feita e tal como ficou prometido será registada para que no futuro estas situações não voltem a ocorrer».
Estas declarações de Passos Coelho surgiram após Francisco Louçã ter dito que o secretário de Estado dos Transportes tinha proposto, através de um despacho, «isentar a Lusoponte desse acréscimo de imposto e propõe até devolver-lhe até 51 milhões de euros desse imposto».
Depois da resposta do chefe do Governo, Louçã considerou mesmo que «de intervenção em intervenção» Passos Coelho «vai enterrando o seu secretário de Estado, Sérgio Monteiro, que «obviamente propôs um favorecimento e propô-lo num despacho de há um mês atrás».
Na resposta, Passos Coelho pediu a Francisco Louçã para não insistir nessa tese e assegurou que Sérgio Monteiro «tem a total confiança do primeiro-ministro e está a fazer um magnífico papel».