Passos Coelho não ficou surpreendido por o PS responsabilizar os outros partidos pela situação do país e apelou aos portugueses para terem esperança na alternativa política liderada pelo PSD.
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«Sem surpresa», foi como Pedro Passos Coelho respondeu quando confrontado com as críticas do secretário-geral do PS, José Sócrates, ao atribuir-lhe responsabilidades pela situação de crise em Portugal.
«Infelizmente, o PS tem-nos habituado a responsabilizar toda a gente pela situação que se vive em Portugal menos eles próprios e, em particular, o actual Governo, que é quem tem responsabilidades há mais de seis anos», afirmou.
Pedro Passos Coelho lembrou que «o engenheiro Sócrates tem responsabilidade de governo desde 1995, metade desse tempo foi secretário de Estado e ministro, a outra metade foi primeiro-ministro».
«Julgo que seria o suficiente para, no congresso do PS, se pudesse ver quais são as responsabilidades próprias na gestão daquilo que é hoje a situação política, económica, financeira e social em Portugal e pudesse ter sido uma boa oportunidade para que o PS reflectisse sobre o futuro do país, das responsabilidades que tem, da situação a que conduziu Portugal e nas propostas que poderia ter para o futuro», acrescentou, concluindo: «Infelizmente isso não aconteceu».
«Esperemos que o país continue atento, esperançado numa alternativa e que ela seja liderada pelo PSD», finalizou, partindo, de seguida, com Alberto João Jardim para um almoço com o governante madeirense.
Pedro Passos Coelho encerra este domingo o XIII congresso regional do PSD-Madeira que vai confirmar a liderança de Alberto João Jardim por mais quatro anos do partido.
Alberto João Jardim foi reeleito, pela quarta vez em sufrágio universal e directo nas eleições internas a 26 de Fevereiro, tendo então obtido 80,58 por cento dos votos.
O XIII congresso do PSD-Madeira, que termina este domingo, decorre à porta fechada.