O primeiro-ministro disse que a cimeira europeia em Bruxelas tornou a «união económica e monetária mais forte», através da aprovação dos tratados que estabelecem o «pacto orçamental».
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«Tudo o que tinha que ver com o desenho institucional que faltava no Tratado de Lisboa para a união económica e monetária está agora em condições de ser superado», disse Passos Coelho.
O primeiro-ministro referia-se ao tratado intergovernamental, conhecido como «pacto orçamental», que reforça a disciplina das finanças públicas dos Estados-membros signatários, e ao tratado que regula o novo mecanismo europeu permanente, que entrará em vigor em meados deste ano.
Passos Coelho, que falava no final de um Conselho Europeu dedicado também ao crescimento e emprego, disse ainda que Portugal vê «com muito bons olhos» a proposta apresentada por Bruxelas para redução do desemprego entre os jovens.
Portugal, sublinhou, «tem sofrido particularmente com esta situação», e programas de apoio de perfil europeu aumentam as «possibilidades de intervenção» para fazer face ao problema.
O chefe do Governo português confirmou também que o Executivo vai apresentar um orçamemto retificativo, sublinhando que se trata de uma necessidade em função do resgate à Madeira e da obrigação no reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.
Em relação à Madeira, Passos Coelho disse ter «muita confiança» no Governo Regional da Madeira para a aplicação do programa de ajustamento orçamental na região, apresentado na sexta-feira por Alberto João Jardim.