Em entrevista à RTP, o líder social-democrata lembrou que a ajuda financeira corresponde a 80 por cento das necessidades portuguesas em 2012 e a 40 por cento em 2013.
Corpo do artigo
O líder do PSD considerou que não há margem de manobra para falhar a execução do plano relativo à ajuda financeira a Portugal, uma vez que a partir de 2012 o acordo assinado entre a troika e o Governo só responde a parte das necessidades portuguesas.
Sem revelar o que vai fazer a respeito do acordo entre o Governo e a troika sobre a ajuda externa, Pedro Passos Coelho frisou que até 2011 a ajuda financeira corresponde a cem por cento das necessidades ficam cobertas.
«Mas em 2012, só 80 por cento das necessidades serão cobertas e em 2013 apenas 40 por cento, o que significa que Portugal precisa de cumprir religiosamente este acordo de modo a que possa estar em condições de ir ao mercado financiar-se a partir do segundo ano», explicou.
Em entrevista à RTP, Passos Coelho lembrou ainda que o «PEC4 já não existiria se tivesse sido aprovado», porque «partia de uma base irrealista, de que não precisávamos de dinheiro» e porque «não dava margem para o crescimento da economia».
«Ainda bem portanto que foi chumbado, porque se não tivesse sido chumbado tudo o que neste memorando de entendimento funciona a favor do crescimento da economia, incluindo racionalização do Estado, transferência de austeridade dos cidadãos para a despesa pública e para o próprio Estado, não estava no PEC 4», frisou.
Passos Coelho, que pediu a maioria absoluta, disse que «respeita sempre a decisão dos portugueses» e que «nunca sacode a água do capote, atirando responsabilidades para terceiros».
«Se alguma coisa não correr bem nessas eleições, não será por culpa do eleitorado, é porque no estive à altura das expectativas do eleitorado», concluiu.