O primeiro-ministro disse esperar que o atual «período de emergência» termine até junho de 2014, depois de considerar que a «fatura mais pesada» da crise está a ser paga pela classe média.
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Pedro Passos Coelho falava na estreia do programa da RTP "O País Pergunta", um formato em que 20 cidadãos foram selecionados para lhe colocar perguntas.
Em resposta a uma professora contratada desempregada que o confrontou com as dificuldades em pagar estudos superiores de dois filhos com 1100 euros, questionando se ainda existia a classe média, o primeiro-ministro observou: «É verdade, é verdade. Tem toda a razão».
«Quem está a pagar a fatura mais pesada nos tempos difíceis que estamos a viver não são evidentemente as pessoas que têm mais baixos rendimentos», considerou Passos Coelho, reclamando que o Governo PSD/CDS-PP tem protegido os cidadãos com menos rendimentos.
«Quem está a suportar o peso todo desta crise é justamente a classe média e aqueles que têm maiores rendimentos. O que eu espero, com honestidade, é que até ao final do primeiro semestre do próximo ano este período de emergência que estamos a viver possa ser encerrado e nós possamos retornar a um caminho de crescimento que seja melhor do que aquele que tivemos no passado», acrescentou.
Antes, interrogado sobre a eventual descida do IVA aplicado à restauração, o chefe do executivo PSD/CDS-PP disse não querer «alimentar essa expectativa», mas referiu que esse assunto vai ser debatido nas duas próximas reuniões do Conselho de Ministros e falou na necessidade de «dar alguns sinais» que fortaleçam o crescimento económico.
«O assunto irá ser debatido. Nós precisamos de dar alguns sinais que possam em 2014 fortalecer este crescimento da economia que está agora a verificar-se. Não sei se esse será um deles - como digo, não está excluído, por enquanto, mas não quero alimentar essa expectativa», declarou.