O primeiro-ministro recusou-se a fazer qualquer comentário sobre a alteração da medida de coação aplicada ao seu antecessor. Pelo PCP, Jerónimo de Sousa aproveitou para fazer a defesa do príncipio da separação de poderes.
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"Foi sempre assim: não é hoje que vou abrir uma exceção. Não faço nenhum comentário", disse Pedro Passos Coelho após a assinatura de um acordo de colaboração entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
Já o secretário-geral do PCP defendeu hoje o princípio da separação de poderes, ao comentar os desenvolvimentos do processo judicial do ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates, e garantiu que o partido não vai fazer aproveitamento político do caso.
Em plena 39.ª edição da Festa do "Avante!", no Seixal, Jerónimo de Sousa referiu apenas que se está "perante mais um elemento de um processo em investigação, que está em curso", frisando que os comunistas mantêm a postura de defender a "separação de poderes entre justiça e poder político".
O líder comunista desejou o "apuramento da verdade para bem de todos, com eficácia" e "sem misturar coisas que não são misturáveis".
Questionado sobre o eventual aproveitamento político por outras forças partidárias em plena campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa assegurou que pela parte do PCP tal não sucederá, a bem da "batalha eleitoral" que se avizinha e que não se deve confundir com "um processo do foro judicial".