O primeiro-ministro declarou hoje confiança nos números conhecidos do desemprego, uma realidade que deve ocupar os responsáveis portugueses, mas que considerou não estar ao nível de outros países, embora seja «elevado».
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Passos Coelho foi confrontado com o pedido de auditoria por parte do Bloco de Esquerda (BE), que defendera mais cedo que os dados sobre desemprego estão «martelados» e quer ver o Tribunal de Contas (TdC) avaliar os apoios estatais à inserção no mercado de trabalho para provar que a taxa de desemprego está acima dos 18%.
Sobre esse desafio. o primeiro-ministro disse: «Eu não vou responder ao BE, não leve a mal. São números que têm como fonte o INE, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, quer o Eurostat, que é a instituição ao nível europeu que faz o tratamento destes dados, segundo regras europeias», sublinhou.
«O debate de ontem (sexta-feira) mostrou o que cada um pensa sobre essa matéria. Os dados que foram revelados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) e têm sido confirmados regularmente pelo Eurostat (gabinete de estatísticas da União Europeia)», afirmou Passos Coelho, à saída da estreia do espetáculo "O Principezinho", de Filipe La Féria, no Politeama, em Lisboa.
Para Passos Coelho, «o importante é lembrar todos os dias de que, se não temos o nível de desemprego - seja ao nível dos jovens, seja das pessoas que ao longo da vida profissional se viram na circunstância terrível do desemprego -, que outros países têm, na verdade, continua a ser muito elevado e ainda exige, do ponto de vista das políticas ativas de emprego e da política que há de trazer o crescimento económico mais acentuado, uma realidade que nos deve ocupar».