Várias figuras reagiram à morte da pintora Paula Rego na emissão especial da TSF.
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Morreu a pintora Paula Rego, uma das mais aclamadas e premiadas artistas portuguesas a nível internacional, aos 87 anos. Ouça as reações na emissão especial após a morte de Paula Rego.
"Fiquei surpreendida com a notícia", revelou a pintora Graça Morais em declarações à TSF. Além do respeito e da admiração por Paula Rego, destacou "a obra que deve ser muito visitada, estudada e respeitada, porque faz parte do património de Portugal e do mundo".
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Paula Rego tinha, na opinião de Graça Morais, "uma grande inquietação e uma atenção pelo mundo", com um lado que demonstrava "garra e não tinha medo de nada", destacando a sua luta pela emancipação das mulheres.
Graça Fonseca, antiga ministra da Cultura, fala de "uma perda imensa" para o país. Paula Rego "era uma artista extraordinária" com grande capacidade para "nos fazer refletir" através de obras "desconcertantes", tal como ela própria.
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O pintor José de Guimarães soube da notícia pela TSF. Recorda Paula Rego como uma pessoa "encantadora", sempre com "grande consideração pelos colegas", além de "uma inventora e criadora que sabia contar histórias como ninguém".
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No comboio a caminho de Málaga, para onde se desloca precisamente para falar sobre Paula Rego no Museu Picasso, a jornalista Anabela Mota Ribeiro, autora do livro "Paula Rego por Paula Rego", destaca "o génio criador de Paula Rego".
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A obra de Paula Rego é, e sempre foi "infinitamente individual", destaca o artista plástico Pedro Cabrita Reis.
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"Este é um dia triste, de grande pesar", afirma Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, cidade que acolhe grande parte da obra de Paula Rego na Casa das Histórias. O autarca recorda a pintora como "de uma grande generosidade, simplicidade e humildade".
"A Câmara Municipal de Cascais, por decisão do seu presidente, vai decretar um dia de luto municipal para amanhã, 9 de junho", é referido numa nota publicada na rede social Facebook.
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Pedro Santana Lopes, ex-secretário de Estado da cultura, recordou Paula Rego como uma pintora "do mais alto nível", falando da obra que pintou no Palácio de Belém, a pedido do então Presidente da República, Jorge Sampaio, que considerou uma "excelente escolha" por ser "um dos nomes que mais projetou a cultura portuguesa pelo mundo fora". "A sua arte é imortal", conclui o presidente da câmara da Figueira da Foz.
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Paula Rego "tinha todo aquele universo que ela construiu, quase teatral", destaca a investigadora Leonor Oliveira.
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Salvato Teles de Menezes recorda uma "pessoa extraordinária" que "se afirmou como uma das mais importantes artistas do nosso tempo".
Paula Rego era "uma mulher com uma raríssima intensidade" que "não só reconhecia as suas qualidades como as qualidades dos outros" e, por isso sente a perda da pintora de uma "forma muito dura".
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"A Paula Rego é certamente a mais internacionalizada das artistas plásticas portuguesas das últimas longas décadas e isso é também uma medida da qualidade e da singularidade do seu trabalho", revela à TSF o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
"Era uma embaixadora da cultura, das artes, das artes plásticas e também de Portugal. De facto, não temos outro artista plástico com a sua projeção e reconhecimento internacional e isso é um dos legados de Paula Rego", acrescenta o ministro.