Depois da apresentação do nome da coligação, agora é a vez dos membros do governo andarem pelo país a fazerem um balanço do trabalho realizado. Esta manhã, no Porto, na Conferência "Estado Social e Demografia" estiveram Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, e Paulo Macedo, ministro da Saúde, voltou a falar nos cortes.
Corpo do artigo
Foram dois discursos a olhar para trás. Para os anos antes e para estes quatro, em que a coligação foi governo. Paulo Macedo, ministro da Saúde, lembra que de 2011 para cá teve que equilibrar as contas dos hospitais e para isso teve que cortar nas despesas mas que não se diga que os cortes foram cegos.
Para o ministro "uma das maiores tolices na área da saúde é dizer que houve cortes cegos". O governante explica que "cerca de dois terços da despesa que foi reduzida foi na área da indústria farmacêutica, das farmácias, dos grossistas, dos dispositivos clínicos, ou seja, nos sectores mais fortes".
Mas "infelizmente" houve outros cortes, lamenta Paulo Macedo. O ministro da saúde admite que teve que "reduzir noutras áreas, por exemplo nas remunerações dos profissionais da saúde", mas esse corte "foi transversal à função pública".
Quanto a Pedro Mota Soares, o outro ministro que marcou presença nesta acção da coligação Portugal à Frente, ainda antes de mostrar aos militantes centristas e sociais democratas o trabalho que levou a cabo no ministério aproveitou para atacar o PS.
Pedro Mota Soares lança críticas aos socialistas porque "uma das coisas que este Governo se orgulha é, passados quatro anos, poder de cabeça erguida prestar contas". Uma situação muito diferente, considera Pedro Mota Soares do governo anterior. Sublinhando isso, o governante faz a pergunta se alguém "imaginava, que há quatro anos atrás o anterior governo podia fazer uma sessão como estas e apresentar contas do trabalho que tinha feito e apresentar as contas efetivas das coisas que tinham feito?".
E só depois das críticas ao PS apareceram os dados sobre o trabalho feito nos últimos 4 anos.
Quanto a promessas para a próxima legislatura, caso forme governo, um dos objectivos da coligação é combater ainda mais, mas de forma sustentada diz Pedro Mota Soares, a pobreza.
No auditório da fundação Cupertino de Miranda, no Porto, os ministros tiveram casa cheia a ouvi-los.