O líder do CDS defendeu, na conferência da TSF, DN e OTOC, a reforma do IRS, a aplicação de créditos fiscais às empresas exportadoras e denunciou «o Ministério da dívida pública».
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Na sua intervenção na conferência promovida TSF, DN e OTOC, intitulada "Europa e a Política Fiscal", que decorre no CCB, Paulo Portas, defendeu hoje que a reestruturação do IVA prevista no programa de ajuda externa deve evitar um aumento da taxa máxima.
«O programa fala na reestruturação do IVA, mas fica no trabalho a fazer para depois das eleições de 5 Junho saber quais é que são os produtos e serviços e entre que taxas é que circulam esses produtos e serviços de modo a atingir um objectivo de estruturação que evite o aumento da taxa máxima de IVA», afirmou.
Paulo Portas disse saber distinguir «bastante bem» os produtos «que podem ter uma tributação maior» daqueles que são essenciais às famílias, mas não avançou quais os produtos em concreto.
Quanto ao IRS, Paulo Portas voltou a defender um sistema mais simples e «amigo das famílias».
Em declarações aos jornalistas, à saída da conferência, Paulo Portas adiantou que irá detalhar a proposta no seu manifesto eleitoral que apresentará até ao final da semana, segundo disse.
O líder do CDS adiantou que o objectivo será ter um IRS com «menos escalões, menos taxas, menos benefícios e menos excepções» e que atenda ao agregado familiar.
Paulo Portas defendeu ainda a ideia de «créditos fiscais» às empresas que aumentem a sua capacidade produtiva ou que contratem pessoal numa altura recessiva.
Dizendo que não é possível «comprometer-se com uma redução generalizada de impostos», Portas defendeu, no entanto, que é possível «naquilo que é nuclear» ter uma política fiscal selectiva: no apoio ao aumento das exportações, no incentivo à contratação e no investimento produtivo das empresas.