
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, afirma-se como um "firme defensor" de acordos "em prol da sociedade" obtidos "à mesa das negociações".
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"A utopia faz muito mal à economia e a responsabilidade faz muito bem à sociedade", sublinhou o governante, que falava num hotel em Lisboa, na tomada de posse da direção da Confederação do Turismo Português (CTP) para o triénio 2015-2018.
Na ocasião, Portas sublinhou ser um "firme defensor de que é à mesa das negociações que se atingem" objetivos em prol da sociedade, dando como exemplo o erguer da Europa, que não foi feito "nem com greves, nem com manifestações".
"Mais fácil é fazer discursos puramente utópicos que não têm qualquer consequência", acrescentou, num discurso de cerca de 30 minutos.
Falando perante vários membros do Governo, deputados, e responsáveis de entidades públicas e privadas, maioritariamente ligadas ao setor do Turismo, Portas reconheceu a necessidade de "acentuar" a ligação entre o Estado e o setor privado na promoção externa de Portugal, e enalteceu a "diversificação de estratégia de promoção" do país.
"É difícil associar Portugal a uma só imagem. Talvez à exceção do CR7 [Cristiano Ronaldo]", declarou, lembrando que o país é procurado por áreas como o surf, gastronomia ou história, por exemplo.
"Ainda Portugal não tinha saído da recessão e já o turismo tinha em 2013 o seu melhor ano de sempre", números que 2014 superou e que o primeiro trimestre deste ano reforçou.
"Gostava de agradecer ao setor do turismo. Desde 2011 que Portugal viveu um tempo de exceção. E voltar a ter a possibilidade de viver num país de economia mais sã. Acho com certeza que é uma ambição boa, sobretudo para quem viveu estes anos de exceção", disse o governante.