Na RTP, o ministro disse, esta noite, que não há razões que justifiquem a consulta popular porque o acordo do último Conselho Europeu não foi assim tão longe na transferência de soberania.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu, em entrevista à RTP, que não percebe os argumentos de quem sustenta que na última cimeira de Bruxelas os lideres europeus não foram tão longe quanto deviam e em simultâneo reclamam a realização de um referendo.
Para Paulo Portas, as soluções que poderiam justificar um referendo não constam do acordo obtido a semana passada em Bruxelas, por isso afastou essa possibilidade.
«Se estivéssemos a falar de uma revisão dos tratados a 27 que configurasse, por exemplo a eleição do presidente da Comissão Europeia directamente pelos europeus, a existência de um Ministério das Finanças europeu ou de um tesouro europeu, ou a existência de uma segunda câmara que é um senado, mais característico de modelo federais, acho que era inteiramente compaginável a ideia de um referendo», esclareceu.
«Agora o que não faz sentido é dizerem que o Conselho Europeu foi uma desilusão, foi uma frustração, não decidiram o suficiente e depois dizerem que querem o referendo», rematou Paulo Portas.