O vice-primeiro ministro Paulo Portas disse hoje, no Vaticano, que manifestou ao Papa Francisco o desejo de que este visite Portugal em 2017, no centenário das aparições de Fátima.
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«Esses 100 anos são muito importantes para muitos portugueses com fé e nós gostaríamos todos de ter o Santo Padre em Portugal por ocasião desse centenário, em 2017. Aproveitamos para o sublinhar», disse aos jornalistas, na Praça de São Pedro, após o consistório em que Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, foi criado cardeal.
Paulo Portas cumprimentou o Papa, juntamente com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, na Basílica de São Pedro, após a conclusão da cerimónia.
Este último adiantou que Francisco deixou palavras «muito simpáticas» para Portugal, esperando que a visita de 2017 seja uma realidade.
«Ele não fez uma promessa solene, mas disse que ouviu várias pessoas falarem-lhe nisso e que não se ia esquecer», acrescentou Machete.
O líder da diplomacia portuguesa considerou que a criação de um novo cardeal português representa «o reconhecimento de um país e das suas tradições».
Paulo Portas felicitou Manuel Clemente, que apresentou como «um homem de fé, de cultura, um homem por quem os crentes têm muita admiração e cuja densidade, profundidade, interessa também àqueles que não são crentes».
«Os portugueses, os que têm fé e os que não são crentes, olham para a criação do cardinalato de D. Manuel, patriarca de Lisboa, como um dia de júbilo e de alegria», referiu.
O líder centrista evocou ainda a criação de outros dois cardeais de língua portuguesa, Arlindo Furtado, bispo de Santiago (Cabo Verde), e Júlio Langa, bispo emérito de Xai-xai (Moçambique).
«É um dia de grande honra e de júbilo, de proximidade e de simplicidade para Portugal, para a nossa Igreja e para as Igrejas lusófonas, que rezam em português», afirmou.