Paulo Portas reitera que «Portugal não é a Grécia» e nega «antipatia» perante Atenas
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, reiterou hoje que «Portugal não é a Grécia», destacando as diferenças entre os dois países e considerando que essa posição não significa que exista «alguma antipatia» perante a Grécia.
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Falando numa conferência organizada pela revista britânica "The Economist", que decorre hoje em Cascais, Paulo Portas elogiou o acordo alcançado na sexta-feira entre o Governo grego e o Eurogrupo e afirmou que Portugal «fez parte» do processo.
«Todos queremos um final feliz [para a Grécia], mas Portugal não é a Grécia. Temos uma situação diferente», sublinhou o vice-primeiro-ministro, destacando as diferenças entre os dois países.
«Isto não significa uma antipatia perante a Grécia, mas uma amizade com Portugal. Eu não sou grego, eu não sou alemão. Sou português e europeu. E tenho de defender o meu país», sublinhou o vice-primeiro-ministro.
Paulo Portas lembrou que Portugal apenas teve um resgate e que a Grécia teve dois, e admitiu que «poderá chegar ao terceiro», que os juros da dívida em Portugal são mais baixos e que «a troika, ou as instituições anteriormente conhecidas como a troika, ainda estão na Grécia», ao contrário do que acontece em Portugal.