Partido lamenta que a "opção" do executivo tenha sido a de "inutilizar mais 850 milhões de euros".
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O PCP considera "grave" que o primeiro-ministro não tenha sido informado da transferência de 850 milhões de euros para o Novo Banco, acusando o Governo de não cuidar da "articulação política e adequada comunicação" entre ministérios e António Costa.
Em declarações à TSF, o deputado Duarte Alves considerou que "é grave que ao mesmo tempo que as micro, pequenas e média empresas são esmagadas com exigências e burocracias para aceder aos apoios do Estado", o Governo "não cuide sequer da articulação política e adequada comunicação entre o ministério das Finanças e o primeiro-ministro".
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Em entrevista à TSF, esta terça-feira, Mário Centeno admitiu que "terá havido uma falha de comunicação entre o ministério das Finanças e o primeiro-ministro no debate quinzenal", mas garantiu que "não houve nenhuma falha financeira nem nenhum incumprimento".
Quanto à transferência em si, o partido critica a "opção" do Governo em "inutilizar mais 850 milhões de euros de dinheiros públicos no Novo Banco sem que o banco seja revertido para a esfera pública".
O PCP acusa também o Governo de não cumprir os critérios definidos pelo próprio, que "era esperar pelas conclusões da auditoria" ao banco.
Em reação à entrevista, o deputado do PSD, Duarte Pacheco, rejeitou a justificação dada pelo ministro das Finanças, de que houve uma falha de informação: "Se a transferência estava prevista, como diz, não há uma falha de informação, há um sonegar informação."
Antes, a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, já tinha considerado que o ministro das Finanças "está enganado" ao considerar que a injeção no Novo Banco "é uma falha de comunicação", contrapondo que se trata de uma "falha num compromisso político".