Referindo-se especificamente à região de Lisboa e Vale do Tejo, Paulo Raimundo refere que "além de todas as condições que não existem, ainda acresce mais um problema, que é o acesso à habitação".
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O secretário-geral do PCP alertou, esta segunda-feira, que a maioria das vagas abertas para médicos não vai ser ocupada. Questionado sobre a luz verde dada pela direção executiva do SNS para os hospitais poderem contratar cerca de mil clínicos recém-especialistas, Paulo Raimundo disse que a colocação será difícil de concretizar, porque há um problema que não está resolvido: o da habitação.
"O maior número de vagas é aberto em Lisboa e Vale do Tejo, ainda bem que é assim, porque é onde faz mais falta. Em Lisboa e Vale do Tejo, além de todas as condições que não existem, ainda acresce mais um problema, que é o acesso à habitação, com os preços incomportáveis. Vão ficar muitos concursos por preencher", defendeu o líder do PCP, sublinhando que "não tem dúvidas" de que as dificuldades para a fixação de médicos nas grandes cidades vão continuar.
A direção executiva do SNS autorizou no sábado a contratação de 991 médicos recém-especialistas para diferentes especialidades com apoio ao serviço de urgência e que concluíram o internato médico na época especial.
De acordo com as vagas fixadas na informação divulgada, a região do território continental a absorver mais profissionais é a de Lisboa e Vale do Tejo, com vagas para 384 médicos recém-especialistas, seguindo-se as regiões do Norte (282), Centro (196), Algarve (65) e Alentejo (64).