
Combustíveis
Direitos Reservados
O PCP desafiou o Governo a intervir nos preços dos combustíveis, mas o primeiro-ministro explicou que isso criaria «défices tarifários» que teriam de ser compensados com impostos dos contribuintes.
Corpo do artigo
Durante o debate quinzenal com os deputados, em resposta a uma intervenção do líder do PCP sobre a escalada dos preços dos combustíveis, Passos Coelho disse que «há uma coisa que este Governo não vai fazer, ou seja, criar défices tarifários por intervir diretamente em tarifas que são hoje resultado da formação de preços em mercados».
O primeiro-ministro explicou que «se o Governo impusesse, como alguns partidos têm sugerido, um valor máximo, um preço máximo que o mercado não reconhecesse, teriam de ser os impostos dos contribuintes a cobrir a diferença no futuro».
Em reação, Jerónimo de Sousa acusou o Governo de «quando era oposição, defender que era preciso fazer alguma coisa» em relação aos combustíveis.
«Quem não se lembra do então deputado Paulo Portas a 'malhar' no Governo em relação aos combustíveis e agora não há nenhuma proposta», argumentou.
Passos Coelho voltou a responder que «o país sabe nesta altura» que Portugal não tem «condições» para «fazer nenhum alívio sobre os impostos sobre os produtos petrolíferos ou sobre o IVA», sublinhando que foram aliás aumentados no âmbito do último Orçamento do Estado.