Um dos arguidos no caso Tempestade Perfeita implicou João Gomes Cravinho no caso do contrato de assessoria no valor de cerca de 50 mil euros celebrado com Marco Capitão Ferreira.
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O PCP mostrou-se disponível para voltar a ouvir o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e a ministra da Defesa, Helena Carreira, no Parlamento. No entanto, o deputado João Dias defende que o mais importante é deixar a justiça trabalhar.
"É preocupante. Por isso reiteramos e voltamos a afirmar a necessidade de que a investigação judicial prossiga e possa fazer o seu caminho, resultando daí todas as elações e consequências para os visados", sublinhou João Dias.
O Expresso noticia esta sexta-feira que um dos arguidos no caso Tempestade Perfeita, Paulo Branco, à época responsável financeiro na Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, implicou João Gomes Cravinho no caso do contrato de assessoria no valor de cerca de 50 mil euros celebrado com Marco Capitão Ferreira.
Segundo o semanário, Paulo Branco declarou que o então ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, "tinha concordado" ou até "pedido" para se fazer um contrato de assessoria com Capitão Ferreira para o compensar e "pôr as contas em dia" pelos trabalhos realizados numa "comissão fantasma" que funcionava na órbita do seu gabinete.
Esta acusação é negada por João Gomes Cravinho ao Expresso. No email enviado esta sexta-feira à imprensa, o ministro dos Negócios Estrangeiros reitera as respostas ao jornal e volta a divulgar declarações públicas sobre o caso, prestadas em sede parlamentar.
Além disso, o ex-diretor de Serviços de Gestão Financeira do Ministério da Defesa Nacional declarou que financiou "ao longo dos anos" as investigações académicas de Helena Carreiras para que a investigadora desse um "carimbo científico" aos dados recolhidos pela Direção-Geral do Ministério da Defesa, noticia o Expresso, citando declarações de Paulo Branco durante um interrogatório judicial realizado no verão.